O semestre passado a discussão teórica do grupo de pesquisa era sobre cartografia e etnografia. O recorte que mais me interessou diz respeito a o diário de campo, usos, funções, conteúdos e outras coisas do gênero. Dentro do recorte do diário, tenho interesse na questão de como uma vivência da ordem do pessoal, do meu interesse pequeno, pode ser usada para pensar algo a mais. Não quero que o meu diário vire um espaço de catarse egóica. Não, isso acho que não é legal. Em meio a leituras bem improdutivas, achei umas passagens bem interessantes sobre esse assunto.
Manter a experiência em um nível individual, sem desdobrar suas consequências, é que seria limitar-se, qual Sartre, a um plano do subjetivo constituinte, atenuando virtuais poderes de perturbação. (...) A esse respeito Eribon ( 1996) ressalta as repetidas referências de Foucault a "experiências transformadoras ( p36), envolvendo relações com os outros, inserções na vida cultural, engajamentos políticos, confronto com normas institucionais etc. Rodrigues, 2009, p.22) In Foucault e a Psicologia, Guareschi e Huning.
Foucault, sempre Foucault. Acho que isso me deu boas ideias, pelo menos do que evitar e também abre um bom caminho para seguir pensando.
ps: Fazer explodir a verdade, ao tomá-la como prática de transforação da vida, da nossa vida e das outras vidas, é fazer da experiência de si uma obra de arte.
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