Desde a Conferência Estadual de Saúde Mental do RS, me pergunto, muito, sobre a questão da participação social. Estou plenamente convicto de que o modelo de plenária final de conferência é um modelo desgastado, insuficiente, e que favorece um modo de funcionamento que deverás complicado. Ainda tem mais, ele favorece exposição de caráter egóico - as pessoas ficam de papo, aproveitam para falar qualquer coisa ou reinvindicar detalhes que julgam extremamente importantes e que tiram do foco as questões centrais. Tudo bem, sei que isso diz muito de mim, contudo, acho que tem uma parte desta questão que é mais factual e menos psicanalítica. A sensação que dá é que a participação popular está esvaziada e que a militancia é sempre identitária e para auto promoção. Bom, isso é fruto da minha insatisfação frente a decisão da plenária a respeito do regulamento da conferência onde foi aprovado que os textos podem ser reescritos durante a plenária final.
A experiência em São Lourenço me deixou super atacado com isso. Com essas noções de participação e com as implicações metodológicas que elas trazem para o trabalho. Tinha duas opções, calar ou tentar fazer algo como meu incômodo. Optei pelo segundo e fui falar com o Eduardo (Legal chamar o Vasconcelos, 2000 e sempre de Eduardo) sobre a questão da plenária final. Ele, prontamente, ouviu minha idéia de usar colegas para síntese de dos destaques diferentes. Acho que vamos funcionar. Eu também falei em não ir para a plenária e alguém me falou que algumas experiências valem ser vividas. Se não rolar o trabalho PNH na quinta, vou tratar de vir, não antes de meio dia, mas virei.
Nenhum comentário:
Postar um comentário