domingo, 2 de agosto de 2015

Implicações metodológicas de uma epifania pequena e notável

Enquanto tento dar continuidade a meu trabalho de fichamento da dissertação que estou estudando sobre militância, me vejo pensando sobre uma decorrência metodológica importante contida na forma como eu estruturei a proposta. Pensar a forma de operação das instituições a partir de uma lógica expressiva, uma lógica ligada ao problema da expressão como colocado por Deleuze a partir da obra de Spinoza, pode ser uma via interessante para propor a tese de que análise e institucional, esquizoanálise e filosofia da diferença, partilham objetos comuns, uma base epistemológica semelhante, mas também uma possibilidade de acoplamento que me parece interessante para produção de um dispositivo analítico dotado de rigor metodológico possível para fazer falar as institituições - talvez de modo mais compreensivo aos ouvidos mais cartesianos. Sim  eu sei que essa é uma premissa minha, essa necessidade de construção de inteligibilidade entre paradigmas diferentes, mas e se....

instiuição - expressão 
triade expressiva -  

Pressupostos - 

O problema da expressão em spinoza
a tríade expressiva da substância

proposta

O entendimento de como se processa o funcionamento de uma instituição pode ser explicitado tendo como quadro referencial o problema da expressão. Para tanto, faz-se necessário traçar um quadro conceitual que dê a instituição lugar análogo, aquele dado ao conceito de Deus dentro da ética. 

Um Deus imanente e produtor cujas ações decorrem necessariamente da sua potência é o ponto de partida de todo o sistema spinozano. “Por Deus compreendo um ente absolutamente infinito, isto é, uma substância que consiste de infinitos atributos, cada um dos quais exprime uma essência eterna e infinita (Ética, L I, D.5)”. Este é o postulado a partir do qual será possível sustentar que todas as coisas que conhecemos decorrem de variações de uma mesma substância. “Por substância compreendo aquilo que existe em si mesmo e que por si mesmo é concebido, isto é, aquilo cujo conceito, não exige o conceito de outra coisa do qual deva ser formado (Ética, L I, D.1)”

Em decorrência disso, será preciso dar a lógica de funcionamento operada pela instituição lugar análogo aquele que os modos e atributos tem em relação a substância 

Essa substância se manifesta em infinitos atributos infinitos, dos quais, por nossas limitações, só podemos acessar a extensão (dimensão material da existência) e o pensamento. Deus seria, então, a substância cujo conceito não precisaria de qualquer outra coisa para sua formulação. Esta substância seria absolutamente infinita e teria uma infinidade de atributos infinitos que exprimem, então, uma essência eterna e infinita. Disso decorre que aquilo que existe são diferentes modos, ou seja, modificações, afecções da substância e, enquanto tal, não podem ser concebidas sem a substância ou fora dela. Tudo que existe, existe em Deus, e tudo que existe, existe por ser um modo da substância que é Deus.
neste ponto eu fiquei particularmente confuso sobre os lugares que seria adequados aos modos de atributos na montagem de meu quadro referencial. Preciso ler mais sobre ( http://www.joaquimdecarvalho.org/artigos/artigo/82-Introducao-a-etica-de-Espinosa/pag-15 ) voltarei a isso, mas, por hora, para terminar meu quadro de raciocínio, vou considerar minhas proposições iniciais. 

Tendo isso em mente, fica estabelecido o seguinte protocolo para análise da lógica de funcionamento em questão

1 -- arqueologia/genealogia das condições de possibilidade de emergência da instituição 

2 - A tríade da expressão da substância - Spinoza e o problema de expressão - deleuze.

instituição expressa em seus  atributos - formas molares
os atributos pelos quais a  instituição se expressa, exprimem se em diferentes modos  - formas moleculares, 
modos expressam a instituição 

no caso da instituição militância


  • instituição expressa em seus atributos - a produção de dispositivos - o partido 
  • os atributos se expressam em modos, e ao fazê-lo, expressam a instituição -  os modos atualizam a direção da subjetivação produzido pelos vetores de força organizados pelo dispositivos/atributo. No caso a  a subjetivação militante e as características da subjetividade decorrentes dela. 
  • Os modos expressam a instituição e, assim sendo, quando estamos no plano de atributos, se farão presentes características dos dois planos de expressão.
  • Isso acontece simultaneamente e configura a tríade expressiva da instituição


3 Conclusões 

  • Possibilidade de um caminho metodológico que permita o mapemento da militância em seus distintos planos de expressão;
  • Releitura dos rompimentos existentes dentro do movimento institucionalista - usar o texto da simone e ir mostrando que, o que os distintos conceitos enfocavam eram diferentes planos de expressão da substância. 
  • Apresentação da compatibilidade das proposições da esquizoanálise e da análise institucional - hipotese reconciliatória. 






Pensar dentro que, ao traçar um quadro expressivo 

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