domingo, 26 de julho de 2015

Nota: você vai precisar catar e organizar as referências que tem jogado aqui

Estou me deparando com muitas coisas interessante. Precisarei dar conta de organizá-las para leituras, estudos e afins. Assim sendo, pense no método: achou algo, escreva aqui e diga o q te fez achar aquilo algo interessante. Certo?

Reforma Sanitária Brasileira: Contribuição para a Compreensão e Crítica
Jairnilson S. Paim
Pq? Resenha da Lígia Bahia
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2009000500026&lng=pt&nrm=iso




Sistema Único de Saúde, 25 anos

cadernos de saúde pública

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_issuetoc&pid=0102-311X20130010&lng=pt&nrm=iso



Pq?

Debate Macro que pode subsidiar uma justitificativa ainda melhor dos motivos para redirecionar as coisas.




Ligia Bahia - entrevista

A entrevista com Lígia Bahia aborda balanços feitos sobre os 25 anos do Sistema Único de Saúde (SUS) e analisa seus avanços, impasses e descaminhos. A entrevistada posiciona-se criticamente em relação a duas vertentes atuais do SUS, a que o vê como sistema que visa à equidade, e a que enxerga a igualdade como seu objetivo. Critica as ambivalências em decisões de várias esferas do governo em relação a grandes grupos empresariais e a planos privados de saúde, antagônicos aos ideais do SUS. Avalia a participação dos médicos e de outras profissões de saúde no Sistema. Analisa ainda a emergência de políticas identitárias, ausentes na formulação do projeto da reforma sanitária, cuja ênfase era a igualdade.

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0104-59702014000100093&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt

segunda-feira, 13 de julho de 2015

Achados de hoje

A dissertação Militância e Poder, foi o achado desta pesquisa até agora.
a página 194 tem uma explicitação de como Lenin concebe a estrutura do partido e, por tabela, um modo de organização militante.

http://grupodeestudosnietzsche-ufpel.blogspot.com.br/

o aforismo 184 de aurora em Nietzsche e a noção de militância.

Aforismo 184 - O Estado como produto dos anarquistas
Aforismo 189 - A grande política
Aforismo 207 - Atitude dos alemães ante a moral

http://pcb.org.br/portal/docs/oestadoearevolucao.pdf

Lenin, o estado e a revoluação

ver os documentos no site do pcb


Qual a função do poder na revolução sanitária? O Estado foi necessário para realizar esta revolução? O estado era o alvo?
qual a concepção de poder implícita na equiparação do bom trabalhador em saúde ao militante em saúde? Lógicas de exploração? Vaidade?

talvez mais que uma teoria da militância, me interesse uma analítica da militância, entendendo que tipo de lógica a sustentam, quais os efeitos do que ela produz e a serviço de que, dentro da maquinaria do Estado ela tem sido usada hoje.

Reler a genealogia do poder - foucault in A microfísica do poder
( http://www.nodo50.org/insurgentes/biblioteca/A_Microfisica_do_Poder_-_Michel_Foulcault.pdf )
ver também, a luz da questão da militância, a ideia do texto Poder-Corpo

reler vigiar e punir - o capítulo da disciplina

Conclusão - a militância é um dispositivo estratégico dentro de um projeto de poder socialista, podemos dizer que o mesmo é válido para a reforma sanitária brasileira em um momento em que ela se institucionalizou em uma política de Estado?
A militância em saúde colocaria os icones do movimento sanitarista como vanguarda da revolução? no momento em que eles estão dentro da máquina de estado, e, em nome da governabilidade, fazem consessão, como fica esta questão?

Pensando este dispositivo dentro do campo da saúde pública, considerando que ela se exerce sobre o corpo social (lembrar do texto do social da rosane neves ), seria possível pensar o papel da militância como dizendo respeito ao controle do corpo social dos trabalhadores em uma determinada direção/

há uma certa consenso na esquerda brasileira de que a militância é uma característica desejável aos operadores das politicas públicas?

Que tipo de saber vocês querem desqualificar no momento em que vocês dizem ''e uma ciência"? Que sujeito falante, que sujeito de experiência ou de saber vocês querem "menorizar" quando dizem: "Eu que formulo este discurso, enuncio um discurso científico e sou um cientista"? Qual vanguarda teórico−política vocês querem entronizar para separá−la de todas as numerosas, circulantes e descontínuas formas de saber?

Enquanto leio as teses do 3 Congresso da Internacional Comunista que ocorreu em 1921, para além da raiva, sou tomado por duas frases:

Sabe nada, inocente - Beto Jamaica
Pai, perdoa, eles não sabem o que fazem - Jesus Cristo.

(Resoluções do 3º Congresso da III Internacional Comunista - Junho de 1921
https://www.marxists.org/portugues/tematica/1921/congresso/index.htm)


ps: estudar me dá vontade de dançar.

sexta-feira, 10 de julho de 2015

Dúvida - Conclusão

Se “militar é a organização dos movimentos segundo uma lógica de guerra: a oposição de espaço e tempo em uma relação operacional, a determinação de um lugarr e de um momento de uma determinada ação bélica; militar, portanto, é ainda, a própria ação que se desenrola sobre a topologia e a cronometria dos campos de batalha (Monclar, 1986). Alguém pode me explicar o que é militância em saúde?

Se uma história da militância equivale a investigação genealógica do jogo de forças que determinou um modo de ação política, a caracterização da militância enquanto instituição, passa por identificação das estratégias usadas na composição do diagrama de forças que constituia a militância num dado contexto. No meu caso - na trabalho no Sistema Único de Saúde. 

Na lógica militante, se atualiza a equição socrática


Razão = virtude =  felicidade = saber = revolução

quarta-feira, 8 de julho de 2015

Notas Soltas sobre as Leituras em 06, 07 e 08 de Julho

Estou lendo o denso artigo sobre  os estudos da sociologia militante dentro da França ( Sociologias, Porto Alegre, ano 13, no 28, set./dez. 2011, p. 200-255).  Além do desejo gigante de ir lá estudar isso e de saber ler em francês; da necessidade de escrever para a professora da UFRGS que a Fernanda me recomendou ( http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4739083A8); me vi com algumas questões:

seria possível pensar os comportamentos militantes dentro do campo da saúde, são importantes para aumentar o capital social dos trabalhadores?

será que caberia pensar uma idéia de competência militante? manter-se militante, conhecendo os riscos e as armadilhas da lógica militante configuraria uma militância importante

o que seria ser um militante da profissão?
baixei uma dissertação que trabalha com esta ideia



Seguindo no rastro das investigações, fui parar no site da politecnica da ensp e lá achei o

Gustavo Correa Matta - Endereço para acessar este CV: http://lattes.cnpq.br/3755225900662965

ele estuda PNH, AB e EPS. Gostei da ideia de ler

Debates e Síntese do Seminário Estado, Sociedade e Formação Profissional em Saúde: Contradições e desafios em 20 anos de SUS. 1. ed. Rio de Janeiro: EPSJV/FIOCRUZ, 2010. v. 1. 226p .

Estado, Sociedade e Formação Profissional em Saúde: Contradições e desafios em 20 anos de SUS. 1. ed. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz / EPSJV, 2008. v. 1. 410p .

acho que eu deveria escrever para o Eduardo Mourão Vasconcelos e pedir indicações de Leitura. 

Motores de Busca
http://www.observatorio.epsjv.fiocruz.br/
http://www.arca.fiocruz.br/
http://www.ufrgs.br/ppgs/index.php?formulario=producao&metodo=0&id=2
http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/ 


segunda-feira, 6 de julho de 2015

Foucault é meu autor de auto ajuda.

Entre os anos 1945 e 1965 (penso na Europa), havia certa maneira correta de pensar, certo estilo de discurso político, certa ética do intelectual. Era preciso ser íntimo de Marx, não deixar os sonhos vagarem longe demais de Freud, e tratar os sistemas de signos — o significante — com o maior respeito. Tais eram as três condições que tornavam aceitável esta singular ocupação que consiste em escrever e enunciar uma parte de verdade sobre si mesmo e sua época.   - O ANTI-ÉDIPO: UMA INTRODUÇÃO À VIDA NÃO FASCISTA∗ Michel Foucault

Em um texto curto, direto e de uma clareza invejável, Foucault apresenta o Anti Édipo, descrevendo o livro como um guia para uma vida não fascista. Quando reli este pedaço, e as diretrizes da ética da vida não fascista defendida no Anti Épido, acho que pude continuar localizando meus incômodos com a forma como a lógica militante se presentifica nos discursos de muitos formadores de opinião em Saúde. Sanitaristas clássicos, autores consagrados das esquerda política, baluartes da medicina social, novos acadêmicos em busca de bolsas de produtividade CAPES, gestores públicos engajados, trabalhadores comprometimentos, usuários em espaços de controle social, enfim, toda uma gama de pessoas, “se acreditando um militante revolucionário” sai agindo como fascistas, fascistas fascinados pelo “poder, essa coisa mesma que nos domina e explora”.O curioso é uma certa incapacidade de duvidar de si. 
São pessoas muito engajadas na causa de promover o bem alheio. Já sabem o que é preciso fazer e aonde se deve chegar para conseguir o bem de todos e a superação dos problemas. Os ideias foram traçados no final dos anos oitenta do século passado, por parte deles  -  na época jovens e cheios de força. Enfim, ousar duvidar desta cartilha pode ter consequência de ser tomado como um não par. Alguém que é contra e que se vendeu aos discursos neo liberais do capitalismo mundial integrado. 
Quando penso conceitualmente nessas coisas, tenho acreditado que

1 – O movimento sanitário hoje tem bandeiras ressentidas, no sentido mais  Nietzschiano do termo. Afinal, talvez ser anti algo, passa por reconhecer-se fraco, frente a potencia daquilo ao qual nos opomos;
2 – Como consequência da posição ressentida,  produz um discurso polarizado em termos de A e -A. Assim sendo, qualquer colocação em termos de dúvida, é vista como adesão a outra polaridade. Neste sentido, toda e qualquer possibilidades de pensamento fica vetada.  A coisa fica grenalizada, impossível de avançar, tão radical quanto a passagem bíblica do apocalipse na qual o anjo diz “ Conheço as tuas obras: não és nem frio nem quente. (...) Mas, como és morno, nem frio nem quente, vou vomitar-te.” 
3 – Ao que parece o movimento é sobreimplicado de tal forma que não consegue perceber que aquilo que está defendendo, é parte do responsável pelo insucesso da ação. 

Enfim. Preciso ir aprendendo a falar disso, a sustentar isso, pois, como tenho visto nas vezes em que exponho algumas dessas idéias no  Facebook, os ataques virão de todos os lados. 


Ps:
http://letraefilosofia.com.br/wp-content/uploads/2015/03/foucault-prefacio-a-vida-nao-facista.pdf