Dentro desta perspectiva busca-se traçar um mapa das diversas linhas que compõem um dado território de existência dos indivíduos. A cartografia se contrapõe “a uma topologia quantitativa que categoriza o terreno de forma estática e extensa” (Andreoli, Costa, Ribeiro, Giacomel, Kirst; 2003) vindo em defesa de outra “de cunho dinâmico, que procura capturar intensidades, ou seja, disponível ao registro do acompanhamento das transformações decorridas no terreno percorrido e à implicação do sujeito percebedor no mundo cartografado” (Andreoli e cols., 2003, p.92).
É preciso ressaltar que a cartografia não é uma metodologia de pesquisa como se entende usualmente, trata-se bem mais de um modo de discussão e de elaboração que visa dimensionar, redimensionar, criar e recriar os efeitos do encontro do sujeito com o objeto. Para que se mantenha a consistência de um trabalho que se pretende cartográfico é necessário que se atendam as mesmas condições sobre as quais versam o rigor científico, a saber: coerência conceitual, força argumentativa e sentido de utilidade dentro da comunidade científica (Andreoli e cols., 2003). Sendo assim, caberia ao cartógrafo tentar construir conhecimentos a partir de um referencial ético-estético-político, valorizando os afetos, localizando virtualidades e acreditando na inseparabilidade do par sujeito pesquisador/objeto da pesquisa. Se propor a cartografar é conseguir deixar, por exemplo, a atenção voando como um pássaro que ora rastreia os céus, ora toca algo, pousa momentaneamente e ora reconhece atentamente aquilo que se propôs a investigar (Kastrup, 2007).
A proposta é acompanhar movimentos e processos, acompanhar processos aos quais o pesquisador está inevitavelmente ligado. Para tanto, usando uma ferramenta capaz de ajudar o sujeito pesquisador a reler sua própria atividade em campo - que aqui é pensado tanto como um campo específico, nos quais as atividades específicas da pesquisa se desenvolvem, quanto no campo da vida onde a vida e o conhecimento se processam. Por isto o diário, e é a isso que vim.
É preciso ressaltar que a cartografia não é uma metodologia de pesquisa como se entende usualmente, trata-se bem mais de um modo de discussão e de elaboração que visa dimensionar, redimensionar, criar e recriar os efeitos do encontro do sujeito com o objeto. Para que se mantenha a consistência de um trabalho que se pretende cartográfico é necessário que se atendam as mesmas condições sobre as quais versam o rigor científico, a saber: coerência conceitual, força argumentativa e sentido de utilidade dentro da comunidade científica (Andreoli e cols., 2003). Sendo assim, caberia ao cartógrafo tentar construir conhecimentos a partir de um referencial ético-estético-político, valorizando os afetos, localizando virtualidades e acreditando na inseparabilidade do par sujeito pesquisador/objeto da pesquisa. Se propor a cartografar é conseguir deixar, por exemplo, a atenção voando como um pássaro que ora rastreia os céus, ora toca algo, pousa momentaneamente e ora reconhece atentamente aquilo que se propôs a investigar (Kastrup, 2007).
A proposta é acompanhar movimentos e processos, acompanhar processos aos quais o pesquisador está inevitavelmente ligado. Para tanto, usando uma ferramenta capaz de ajudar o sujeito pesquisador a reler sua própria atividade em campo - que aqui é pensado tanto como um campo específico, nos quais as atividades específicas da pesquisa se desenvolvem, quanto no campo da vida onde a vida e o conhecimento se processam. Por isto o diário, e é a isso que vim.
Estou escrevendo um paper sobre o uso do diário de campo na cartografia mas não encontro nada específico. você teria alguma sugestão de leitura?
ResponderExcluirP. S: o blog é muito interessante. Compartilho de vários afetos aqui registrados. Algumas inquietações surgiram durante a leitura...